Cantor liderou as paradas nos anos 60 e virou ídolo cult com o Big Star.
Chilton iria tocar no festival SxSW nos EUA neste sábado (20).
O cantor e guitarrista Alex Chilton, que liderou as paradas de sucessos na década de 60 e mais tarde tornou-se um ídolo cult com a banda Big Star, morreu nesta quarta-feira (17) aos 59 anos nos Estados Unidos.
Chilton faleceu em um hospital de Nova Orleans por problemas de coração, segundo o amigo do músico John Fry. De acordo com ele, a mulher do músico, Laura, está chocada com a morte inesperada do marido.
"Alex era uma pessoa incrivelmente talentosa. Se interessava por uma ampla gama de gêneros musicais", disse Fry.
Cult
Chilton disse em uma entrevista em 1987 para a Associated Press que não se importava em não fazer sucesso com o Big Star ou como artista solo.
“O ideal para mim seria ganhar um monte de dinheiro sem que ninguém te reconhecesse na rua”, ele disse. “A fama é muito pesada para sair carregando por aí. Eu não quero ser como Bruce Springsteen. Eu não preciso de tanto dinheiro e não quero 20 seguranças me seguindo”.
“Se eu ficasse realmente famoso, os críticos não gostariam tanto de mim”, brincou. “Eles gostam de promover as zebras musicais”.
Chilton se apresentaria neste sábado (20) com o Big Star no festival South by Southwest (ou SxSW) em Austin, no Texas.
“Alex Chilton sempre mexeu com a cabeça de todos, ao mesmo tempo nos deixando encantados e espantados. O seu dom pela melodia era incomparável, apesar de ele muitas vezes parecer desdenhar do seu próprio dom”, recordou Brent Gulke, o diretor criativo do festival.
Big Star
Ainda adolescente, com a banda Box Tops, Chilton liderou as paradas com a música "The Letter", em 1967. Seus outros sucessos foram "Soul Deep" e "Cry Like a Baby". Chilton cresceu em Memphis, Tennessee, e formou a banda com amigos da escola.
Já com o grupo Big Star, tornou-se um ídolo cult para outros músicos de rock. Três álbuns da banda estão na lista dos 500 melhores da revista “Rolling Stone”.
O Big Star foi formado em 1971 por Chilton e o compositor, cantor e guitarrista Chris Bell, que deixou a banda em 1972 e morreu em um acidente de carro em 1978, aos 27 anos.
O gupo desfez-se em 1974, antes do lançamento do terceiro disco. Em 1993, Chilton e o baterista Jody Stephens se reuniram com os fãs Ken Stringfellow e Jon Auer, do grupo Posies, para reformar o Big Star.
A banda chegou a gravar um disco de inéditas, "In space", de 2005. Em 2009 foi lançada a caixa comemorativa "Keep an eye on the sky", e o documentário "Nothing can hurt me", sobre a história da banda, deve ser lançado em 2010.
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