Nascido no Rio de Janeiro, músico morreu em 1996 mas continua vivo para fãs e mídia
Nascido Renato Manfredini Júnior no Rio de Janeiro e criado entre Rio, Nova York e Brasília, o bardo do rock nacional incorporou “Russo” ao próprio nome devido à sua reverência a três artistas: o iluminista suíço Jean-Jacques Rousseau, o filósofo inglês Bertrand Russel e o pintor francês Henri Rousseau. Virou Renato Russo.
Professor de inglês em cursinhos quando jovem, ele começou no mundo da música com a banda Aborto Elétrico, na qual já foram gerados muitos sucessos da Legião. O músico namorou por muitos anos o norte-americano Robert Scott Hickman, que morava em San Francisco (EUA) e ficou marcado como a grande história de amor de sua vida.
Fruto de um caso furtivo, Giuliano Manfredini, único filho de Renato Russo, tem hoje 20 anos e pode ser considerado, também, uma história de amor na vida do pai. Apesar de ter apenas seis anos quando Russo morreu, ele foi criado pela avó paterna e trabalha hoje como artista e produtor musical. Filho de peixe...
Legião musical
Ao lado dos músicos Dado Villa-Lobos e Marcelo Bonfá, Russo liderou a Legião Urbana, um dos maiores fenômenos do rock nacional “de qualidade” e, por que não, do rock mundial: até hoje, a banda é uma das que mais vendem discos dentro do catálogo da gravadora EMI Music, em todo o mundo.
São incontáveis os sucessos marcados pela voz grave e pelas letras poéticas de Russo. Músicas como Pais e Filhos, Será, Que País É Este?, Eduardo e Mônica eGeração Coca-Cola tocam até hoje nas rádios, e os discos da banda continuam tendo tiragens.Além dos oito álbuns de estúdio e dos quatro ao vivo da Legião Urbana (fora as coletâneas), Renato Russo tem seis discos solo lançados (quatro são póstumos), sendo os dois primeiros, produzidos quando ele ainda estava vivo, os mais conhecidos: The Stonewall Celebration Concert(1994), todo com letras em inglês, e Equilíbrio Distante(1995), cantado inteiramente em italiano.
Nos palcos, Russo era polêmico: brigava com a plateia quando se sentia desrespeitado ou hostilizado, e não levava desaforos pra casa. Em um dos episódios mais marcantes das turnês da banda, em 1988, em Brasília, um tumulto deixou cerca de 500 pessoas feridas e o estádio Mané Garrincha depredado. Russo deixou o palco antes do show e foi vaiado pelo público, irritado com a desorganização, o atraso para o início do show e o frio da noite brasiliense.
Na última apresentação da banda, em Santos, em 1995, Renato Russo cantou deitado no palco por 45 minutos, após ter sido atingido por uma latinha vinda da plateia.
Ele morreu em seu apartamento, na zona sul carioca, em 11 de outubro de 1996, vítima de complicações causadas pelo vírus HIV.
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